Equipe médica do HEDA conclui o Curso de Capacitação para Diagnóstico de Morte Encefálica, promovido pelo CRM-PI, e reafirma seu papel na luta pela vida
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, deu mais um passo importante na qualificação da assistência e no fortalecimento da política de doação de órgãos e tecidos no Piauí.
Graças ao investimento contínuo em formação profissional, sete médicos da unidade concluíram o Curso de Capacitação para Diagnóstico de Morte Encefálica, promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), por meio do Programa de Educação Médica Continuada, em parceria com a Central Estadual de Transplantes.
Com mais profissionais habilitados, o HEDA, sob gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), com apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), amplia a segurança e a eficiência em todas as etapas do processo de identificação de potenciais doadores.
Isso garante mais segurança em cada fase, agilidade na realização dos exames, maior precisão diagnóstica e respeito rigoroso aos protocolos e às famílias. Participaram do curso dois médicos plantonistas da UTI, um residente de Medicina Intensiva e quatro médicos do Pronto-Socorro.
*Destaque em captação de órgãos*
Ao longo de 2025, o HEDA manteve sua posição de destaque no estado, sendo responsável por 43 captações de córneas, número que evidencia o comprometimento e a organização de toda a equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e do corpo clínico. A unidade também contabilizou duas doações de múltiplos órgãos no ano, cada uma capaz de transformar a vida de vários pacientes simultaneamente.
“O HEDA vive um momento de fortalecimento, com equipes capacitadas, processos bem definidos e uma Comissão de Doação de Órgãos ativa”, afirma Nadja Freitas, enfermeira e coordenadora da CIHDOTT do HEDA. “Cada novo médico habilitado amplia nossas possibilidades e reforça nosso compromisso com a vida. O apoio da Sesapi e da Central Estadual de Transplantes é fundamental para mantermos este nível de excelência”, complementa.
Cada doação representa esperança, acolhimento e transformação para quem aguarda na lista de transplantes. A conversa com os familiares é muito importante, porque é um momento de muita dor, mas é preciso sensibilizar para que eles entendam que doar órgãos é devolver a vida a outras pessoas.
*Capacidade ampliada*
O médico Tom Ravelly, coordenador do Pronto-Socorro Adulto do HEDA, destacou a qualidade da capacitação e a importância de ampliar o número de profissionais habilitados dentro da unidade. “Foi um curso muito bem ministrado. No primeiro dia tivemos toda a parte teórica e, no segundo, uma prática muito rica, com quatro estações, desde exame neurológico até comunicação de más notícias. Antes, tínhamos poucos médicos habilitados, o que dificultava porque nem sempre estavam de plantão para finalizar o protocolo de morte encefálica. Agora, com mais sete profissionais habilitados, ampliamos a capacidade de identificar possíveis doadores, algo tão importante para o Piauí”, pontua.
O curso foi realizado em dois turnos: parte teórica no CRM-PI e parte prática no Colégio São José, com conteúdo que abordou desde a evolução histórica do diagnóstico de morte encefálica até a realização dos exames complementares, como eletroencefalograma, Doppler transcraniano e arteriografia cerebral.
O papel estratégico de Parnaíba também foi reforçado pelo Dr. Carlos Teixeira, diretor técnico do HEDA. “Parnaíba está se consolidando como polo em transplantes, apoiando a rede estadual, inclusive na logística de transporte para Teresina. Com equipes treinadas e protocolos sólidos, damos mais segurança ao processo e contribuímos diretamente para salvar vidas”, enfatiza.




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