HEDA realiza 3ª captação de múltiplos órgãos em 2025

 

Foram captados rins, fígado e córneas de uma paciente de 20 anos. Esta é a quarta captação de múltiplos órgãos desde a implantação da CIHDOTT no HEDA.

O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, realizou a terceira captação de múltiplos órgãos de 2025 e a quarta desde a implantação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) e da Central de Transplantes.

A doação ocorreu logo após a confirmação de morte encefálica de uma paciente de 20 anos, conforme todos os protocolos legais e médicos vigentes, e a autorização da família. Aliás, conversar sobre a doação de órgãos ainda em vida é essencial, destaca Nadja Freitas, enfermeira e coordenadora da CIHDOTT.

“A doação de órgãos é um gesto de amor que precisa ser conversado com a família. A única forma de se tornar doador é com o ‘sim’ dos familiares. O transplante pode representar a única esperança de vida ou uma nova oportunidade de recomeço para quem precisa”, afirma.

 a autorização da família, foi iniciado um processo que exige agilidade e precisão, envolvendo a realização de exames, confirmação diagnóstica, acionamento dos órgãos reguladores, cumprimento dos trâmites legais e a cirurgia de retirada dos órgãos, conhecida como captação.

Nesta ação, foram captados rins, fígado e córneas. Esses órgãos poderão beneficiar até cinco pacientes que aguardam na fila nacional de transplantes. O fígado foi encaminhado para Fortaleza (CE) e os rins e as córneas foram destinados à Central de Transplantes da capital piauiense, Teresina.

Cultura de doação

A cultura de doação de órgãos precisa ser fortalecida, segundo avalia o Dr. Carlos Teixeira, diretor técnico do HEDA. “Quanto mais essa cultura é difundida, menor é a resistência no momento da captação, tanto entre a sociedade quanto entre os próprios profissionais de saúde”, pontua.

O procedimento no HEDA, gerido pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), durou cerca de três horas e contou com a atuação de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, formada por cirurgiões, perfusionistas, enfermeiros e técnicos de Enfermagem, e o apoio da equipe do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Resultados como este refletem o empenho contínuo da equipe e o trabalho integrado com a Sesapi.

A qualificação permanente dos profissionais tem sido fundamental para o aprimoramento dos processos e o fortalecimento da assistência prestada na unidade, reafirmando o compromisso do HEDA com a promoção da vida e a excelência no cuidado em saúde.