26 de nov. de 2025

HEDA promove o I Simpósio “Talentos Sem Barreiras: Inclusão no Ambiente Profissional”

 


O simpósio no HEDA reuniu profissionais, estudantes, gestores e representantes de instituições dedicadas à defesa dos direitos da pessoa com deficiência


 O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, sob gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), promoveu, em novembro, o I Simpósio “Talentos Sem Barreiras: Inclusão no Ambiente Profissional”, um marco significativo no fortalecimento das políticas de inclusão e acessibilidade no ambiente de trabalho.


A programação, realizada no auditório da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), reuniu profissionais, estudantes, gestores e representantes de instituições dedicadas à defesa dos direitos da pessoa com deficiência.



Sua importância consiste no fortalecimento de uma cultura organizacional baseada no respeito, na equidade e na valorização das potencialidades individuais, segundo avalia Wal França, diretora-geral do HEDA. “O HEDA tem avançado na qualidade assistencial, nos processos internos e no cuidado com as pessoas. Mas a inclusão também é um cuidado. Um hospital público é um espaço de oportunidades, de transformação social e de acolhimento. Quando promovemos inclusão no ambiente de trabalho, ampliamos a dignidade, valorizamos vidas e qualificamos nossa equipe”, afirmou.


A programação incluiu palestras, mesas-redondas, oficinas práticas, apresentações culturais e recepção de currículos de profissionais PcD para futuras oportunidades no hospital. Toda a atividade contou com intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) da 1ª Gerência Regional de Educação (GRE) de Parnaíba, reforçando o compromisso do evento com a acessibilidade plena.


Participaram do evento profissionais do HEDA, Centro Especializado em Fisioterapia, Hospital Nossa Senhora de Fátima (Anexo II - HNSF) e Centro Especializado em Reabilitação de Parnaíba (CER IV), além de pessoas com deficiência (PcD) e especialistas convidados de instituições parceiras, como APAE Parnaíba, ONG Helen Keller, Senac Parnaíba e Parfor Equidade da UFDPar, fortalecendo a rede de instituições que atuam pela garantia de direitos e pela promoção da inclusão social.


*Acolhimento e inclusão*


A programação envolveu ainda uma ampla equipe multiprofissional composta por advogados, psicólogos, profissionais de Recursos Humanos, especialistas em acessibilidade, educadores e gestores, além de representantes de diferentes setores do hospital. Todos contribuíram com análises técnicas e vivências práticas que enriqueceram o debate com múltiplas perspectivas profissionais.


O papel das instituições na construção de ambientes profissionais mais acolhedores e diversos foi reforçado durante a palestra inaugural conduzida por Julianne Cunha, coordenadora do setor de Recursos Humanos do HEDA. “Este é apenas o primeiro passo. Vamos seguir ampliando as ações de inclusão, oferecendo formação para nossas equipes e abrindo portas para que mais profissionais PcD possam integrar o quadro do HEDA”, destacou.


Além disso, Aline Souza, gerente de Gente e Gestão do HEDA, reiterou que a unidade segue recebendo currículos de profissionais PcD e agradeceu o engajamento dos participantes na campanha solidária realizada durante o simpósio. “Os alimentos não perecíveis arrecadados serão destinados a instituições parceiras, reforçando a responsabilidade social que permeia cada ação do HEDA”, pontuou.


*Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência*


Além dos debates sobre inclusão, acessibilidade, gestão emocional, comunicação inclusiva e práticas de Recursos Humanos, o simpósio trouxe esclarecimentos fundamentais sobre a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei nº 8.213/1991), que estabelece percentuais obrigatórios para a contratação de PcD em empresas e instituições públicas.


Para organizações com mais de 1.001 funcionários, como é o caso do HEDA, a legislação determina que 5% das vagas sejam destinadas a profissionais com deficiência.


Durante as discussões, foi enfatizado que a lei não é apenas uma exigência legal, mas uma ferramenta essencial para garantir equidade, combater barreiras históricas e assegurar o acesso pleno ao mercado de trabalho. Ao cumprir a legislação e ampliar suas práticas inclusivas, o HEDA reafirma seu papel social e seu compromisso com um ambiente profissional mais justo e representativo.


O evento foi encerrado com a entrega de certificados emitidos pela UFDPar a todos os participantes, incentivando a formação continuada e fortalecendo a implementação de práticas inclusivas no ambiente hospitalar.

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